A Última Carta

Pela derradeira vez meu sangue

Assinará os velhos papéis amarelos,

Assim que está tiver seu desfecho

Darei as traças às folhas borradas de lágrimas.

Prometo escrevê-la apenas por está vez

E queimarei as obras que tu me inspiraste,

Aquieta-te, pois teu nome não virá à luz,

Nas trevas da minha memória, ali pousará em paz.

Apenas peço, aquieta-te,

E por está última vez desfrute meus versos

Já que ao desfazer desta tarde não mais irá Lê-los.

Beberei o vinho que guardara para as núpcias

E me embriagarei de lembranças e bons momentos.

Prometo que tua boca

Não mais, nunca mais,

Tocará meus lábios

E teu corpo jamais voltará

A sentir o prazer

De estar junto ao meu.

Aquieta-te

E pense que poderia ter sido diferente

Mas, entre a gente,

Fica apenas a expectativa de um depois…

7 comentários Adicione o seu

  1. Priscii disse:

    Ahj, espero que esta não seja a ultima carta…. mas amei o texto 😉

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    1. velhomarujo disse:

      Talvez… talvez…

      Obrigado pelo comentário Pri. Suas visitas são sempre bem-vindas, e aproveito para dizer que você está a evoluir muito como blogueira! Parabéns!

      Jah Bless

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  2. Ander disse:

    Nossa, de fato que não seja a última carta!

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    1. velhomarujo disse:

      Obrigado!

      .Jah Bless

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  3. Wellington disse:

    …Mas, entre os leitores e vc,

    Fica apenas a expectativa de um depois……

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    1. velhomarujo disse:

      “…Mas, entre os leitores e vc,

      Fica apenas a expectativa de um depois……”

      Perfeito, excelente comentário!

      Grato!

      .Soli Deo gloria

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  4. Elaide disse:

    Obrigada por agregar com poesia as teses do viver!!!

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